Demarcação Taxonômica em sua Relação com a TE
Demarcação Taxonômica em sua Relação com a TE

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August 2020 DOI: 10.13140/RG.2.2.34443.72487

 

 

Resumo: Existem mais de 20 a 30 definições de espécie[1] [2] e portanto podemos parafrasear o pai da taxonomia dizendo: Deus criou, Lineu organizou e Darwinistas criaram uma bagunça total na taxonomia. Isto ocorreu pelo fato dos aspectos comuns entre seres vivos , critérios e esquemas na maioria apenas filosóficos, usados pelos taxonomistas para simplesmente organizar o mosaico de diferenças entre os seres vivos do reino animal e vegetal, passaram a ser entendidos como parentesco principalmente depois de 1859 quando se estabeleceu o evolucionismo espiritualista como aquela "ciência" que regeria todo pensamento universal humano. Desde então, o fato de algumas formas de vida terem possibilidade ou não de se cruzarem, foi quase totalmente ignorada transformando a ciência dos fatos verificáveis na biologia, em um tipo de "profecia" que no futuro tudo poderia se provar estar relacionado parentalmente e evolutivamente.

Palavras-Chave: Taxonomia, cladística, clado, baraminologia, tipos básicos ancestrais, biologia dos tipos básicos, especiação em tempo real, padrões de surgimento pronto fóssil, paradoxo da estase morfológica, plasticidade das espécies, epistemologia, criacionismo, design inteligente.

Introdução

Apesar do critério de cruzamento continuar sendo o principal mesmo nas taxonomias modernas, as muitas definições para espécie, não ajudam nada a organizar se não temos uma regra comum. Cada um vai estabelecer como espécie o critério que achar mais conveniente ao seu ponto de vista e talvez o único ponto "positivo" disso, é que teremos um aumento significativo de biodiversidade . A desordem começou porque Darwin rejeitava o conceito corrente entre cientistas naturalistas da sua época. Eles usavam "espécies originais" criadas, que o tempo todo Darwin tentava substituir por ascendência super ultra comum sem nenhum limite parental; uma verdadeira suruba promiscua e anti-científica filogenética foi prevista no lugar da organização taxonômica da cladística monofilética[3] de espécies originais.

Em seu projeto cientifico repleto de influência do anticlericalismo iluminista da época, tendo o positivismo e regras epistemológicas preconceituosas contra Deus como o naturalismo metafísico se impondo ao pensamento científico que se renovava no pós revolução francesa cheia de ódio a dominação religiosa pretérita, Darwin falou a língua da onda, e advogou contra a possibilidade de Deus, seguindo o mesmo espírito anticristo que se formava na elite acadêmica, ele foi categórico em sua guerra declarada contra Deus na criação:

“É um esforço inútil decidir esse ponto em fundamentos sólidos, até que uma definição do termo “espécie” seja geralmente aceita; e a definição não deve incluir um elemento que não possa ser determinado, como um ato de criação.” – Charles Darwin

E isso resultou na multiplicação de espécies já que sub especies, variações, sub especiações, receberam o nome de "espécie" na taxonomia moderna.

A baraminologia, movimento de biólogos taxonomistas do criacionismo e do design inteligente, tenta hoje resgatar o conceito clássico de especie original derrubado por Darwin, "baramins" seria as mesmas especies originais criadas dos naturalistas contemporâneos de Darwin, muitos dos quais ele fartamente citou e teve muitos que ficaram contrariados por isso.

Os taxonomistas da "baraminology" vireram para reconstruir a taxonomia cladística, e talvez consertar um pouco da confusão gerada , em parte por causa do darwinismo, em parte por causa da própria plasticidade das espécies; e propôs a hipótese dos tipos básicos como um conceito taxonômico.testável e falseável para poder demonstrar limites parentais e organizar a bagunça sem limites darwinista.
E quais são as regras Falseáveis para se considerar um grupo de especies como pertencendo a um tipo básico ancestral comum?
"Tipos básicos é uma unidade de classificação, um taxon, resultado do trabalho da descontinuidade sistemática como é observado na natureza (existem dados que sustentam e identificam descontinuidades nas especies)."

“Todos os indivíduos que estão unidos direta ou indiretamente por cruzamentos são considerados pertencentes a um tipo básico”. (nível genético). E todas as espécies biológicas que se assemelham-se claramente umas as outras pertencem a um gênero (nível morfológico). E todas as espécies biológicas que em princípio podem cruzar entre si pertencem a um tipo básico (nível morfo-genético)”
"Dois indivíduos pertencem ao mesmo tipo básico quando a embriogênese de um hibrido vai além da fase maternal do desenvolvimento e contem uma expressão coordenada e genes morfogenéticos paternos e maternos" " Se o individuo A não gerar inicio de embrião com B , mas B e A gerarem com C, todos pertencem ao mesmo tipo básico e são candidatos a terem um ancestral "baramin" comum" .

Critério para Bactérias

“Todas as colonias de bactérias (Mayr) que se unem através de um intercâmbio cromossômico de genes mediante conjugação e transdução são consideradas como pertencente a um tipo básico. Todas as colônias de bactérias que tem o mesmo padrão básico in loci de genes no cromossomo das bactérias , tal como se pode ver em mapas genéticos semelhantes, são consideradas como tipos básicos"[4]

Mas hoje permanece a confusão, já que especie, sub especie e variação morfológica, não definem muito e não geram possibilidade de organização bem definida mas de uma grande desordem , criando disputas e inúmeras brigas entre taxonomistas, onde muitas vezes querem apenas emplacar um artigo cientifico descrevendo mais uma espécie , ou pasmem , até mais uma família, como vemos no caso das mariposas crambidae e pyralidae, que hoje são consideradas duas famílias apenas por causa de uma diferença na audição. Isso pode gerar uma má compreensão por exemplo , do percentual de pragas destas famílias e pode até influenciar diminuindo a preferência por recursos genéticos para atitividades importantes como o MIP- Manejo Integrados de Pragas na agricultura.

Mas nem tudo está perdido, pois a taxonomia moderna, de certa forma, tem vomitado estudos que não sejam monofiléticos , que não remetam a um ancestral fóssil comum (cladística), e isso faz com que situemos os clados em torno de família ou super famílias apenas, ao descrever a historia das especies. Lógico que isso tem causado uma reação violenta dos evolucionistas ao clamarem que "ignorar a evolução é má taxonomia" [5]

Esta tendência é algo que se aproxima da baraminologia, pois reduz a evolução/modificação a estar em torno de clados monofiléticos, de famílias e "super famílias", e se torna mais indiferente a outra bagunça darwinista lá atrás, onde parasitaram conceitos abstratos taxonômicos para considerá-los evidência de ancestralidade comum sem nenhuma base factual , pelo contrário, se fazendo de indiferentes aos fatos fósseis que tem padrão de surgirem prontos e estarem muito mais distantes lateralmente (disparidade) que a rica biodiversidade hoje, que também é descontinuada.

Mas os darwinistas querem porque querem transformar os conceitos abstratos e esquemas de organização da taxonomia em realidades parentais, por mais que a disparidade lateral fóssil diga "não" na esmagadora maioria das vezes. Por exemplo, organizar classificação em torno de uma característica comum como a bilateralidade (cordatos) é apenas um conceito abstrato e nunca uma evidência de parentesco. É viajar demais querer que tal ordenação seja evidência de parentesco, é transformar a ciência em deduções livres de qualquer compromisso técnico demonstrativo.

"As relações filogenéticas dos cordados ainda não são bem compreendidas, existindo vários esquemas classificatórios conflitantes. Muitas de suas classes são parafiléticas, não atendendo as exigências da cladística, onde somente táxons monofiléticos são reconhecidos como entidades taxonômicas válidas"[6]

Nos fósseis, a descontinuidade entre grupos só tende a aumentar, e se torna mais nítida ainda aquela linha que divide a ancestralidade comum a cada grupo separado, a cada linhagem que se pertence no pomar fóssil. Ou seja, ali nos fósseis onde temos numericamente poucas variações para "justificar" a bagunça darwinista , eles querem também estabelecer outra desordem: Por meio de semelhanças abstratas comuns (como se fossem a prova mais cabal de todas de parentesco).

A taxonomia permite que você estabeleça caixas organizacionais quaisquer , alguém pode propor um táxon novo chamado "pelosdae"agrupando todos os que tem pelo por exemplo, ou um táxon chamado "pumlidae", todos os que soltam gases e assim depois deduzir "obviamente" que são todos parentes também, mas isso não é ciência dos fatos, mas deduções muito distantes dos testes daquilo que ela reivindica.

Os taxonomistas cladísticos combatem fortemente contra a taxonomia numérica dos evolucionistas como vemos nesta declaração:

"Em taxonomia numérica, a taxonomia é exclusivamente com base na análise de Clustering e "união de vizinho" para melhor ajustar as equações numéricas que caracterizam traços mensuráveis ​​de uma série de organismos. É o resultado de uma medida de "distância" evolutiva entre as espécies. O uso deste método tornou-se raro nos tempos modernos, tendo sido em grande parte substituída pela análises cladísticas, pois a taxonomia numérica é sensível a serem enganados por traços de Plesiomorfia." [7]

Também com o advento da genética, trazida pelo padre criacionista Mendel, o evolucionismo capturou o conceito de gene" recém nascido na ciência, para bagunçar ainda mais as classificações taxonômicas, e obrigar muitos a fazerem uma releitura de parentesco tendo por base o conceito de gene (já superado pelo fato do DNA considerado lixo vestigial pelo darwinismo ser controlador de expressão e fazer com que gene se expresse de múltiplas formas [8] onde mesmos genes podem apresentar até 80% de diferença como no caso de genes de chipanzés e humanos[9])

Mas brasileiros e darwinistas não desistem nunca, vão continuar insistindo e baseando agora sua bagunça parental em simulações fósseis e transformar fatos em deduções , a evolução/modificaçao/especiação fatos, em conjecturas virtuais.

Dentro da bagunça que virou a taxonomia em relação a definição de especie , depois do darwinismo, o neandertal tendo suas diferenças virou outra especie, mas em compensação inúmeras discussões se multiplicam a respeito onde "os avanços na análise do genoma dos organismos vivos têm demonstrado que nosso ácido desoxirribonucleico (DNA) coincide 99,5% com o dos Neandertais e alguns pesquisadores suspeitam que a coincidência pode chegar a 99,8%[10][11][12][13]

Mas como se estabeleceu assim a taxonomia desde o darwinismo , dentro da ótica usual que disputam as regras do jogo taxonômico atual , podemos dizer que a Bíblia declara que os antes do diluvio eram uma outra especie superior de homo, porque viviam 900 anos e nós somos uma sub especie por deriva genética gerada pelas mudanças ambientais de diversas catástrofes associadas ao diluvio, da qual sobrou alguns que sofreram endogamia e foram se isolando criando nossas etnias de biotipos semelhantes.

Referências

1. Carstens, Bryan C.; Pelletier, Tara A.; Reid, Noah M.; Satler, Jordan D. (2013). 1. «How to fail at species delimitation». Molecular Ecology (em inglês). 22 (17): 4369–4383. 1. ISSN 1. 1365-294X. 1. doi:1. 10.1111/mec.12413
2. Neto, SGB; AF, E; S, Mariana (2017). 2. «Speciation in real time and historical-archaeological and its absence in geological time». Academia Journal of Scientific Research (em inglês). 2. ISSN 2. 2315-7712. 2. doi:2. 10.15413/ajsr.2017.0413
3. Hörandl, Elvira (2006). 3. «Paraphyletic versus Monophyletic Taxa-Evolutionary versus Cladistic Classifications». Taxon. 55 (3): 564–570. 3. ISSN 3. 0040-0262. 3. doi:3. 10.2307/25065631
4. Junker, Reinhard., Siegrifield; Scherer (1998). Evolution : ein kritisches Lehrbuch [Evolução: Um Livro Texto Crítico] 4., völlig neu bearb. Aufl ed. Giessen: Weyel. p. 43. 4. ISBN 4. 3-921046-10-6. 4. OCLC 4. 75927572
5. Hörandl, Elvira (2007). 5. «Neglecting Evolution Is Bad Taxonomy». Taxon. 56 (1): 1–5. 5. ISSN 5. 0040-0262. 5. doi:5. 10.2307/25065730
6. Griffiths, Paul. (1992). 6. Trees of Life : Essays in Philosophy of Biology. Dordrecht: Springer Netherlands. 6. OCLC 6. 851388139
«Taxonomia». Wikipédia, a enciclopédia livre. 11 de julho de 2020
8. Joaquim, Leyla Mariane; El-Hani, Charbel Niño (2010). 8. «A genética em transformação: crise e revisão do conceito de gene». Scientiae Studia. 8 (1): 93–128. 8. ISSN 8. 1678-3166. 8. doi:8. 10.1590/S1678-31662010000100005
9. Glazko, Galina; Veeramachaneni, Vamsi; Nei, Masatoshi; Makałowski, Wojciech (14 de fevereiro de 2005). 9. «Eighty percent of proteins are different between humans and chimpanzees». Gene (em inglês). 346: 215–219. 9. ISSN 9. 0378-1119. 9. doi:9. 10.1016/j.gene.2004.11.003
10. Zilhão, João (1 de janeiro de 2012). Elias, Scott, ed. 10. «Chapter 4 - Personal Ornaments and Symbolism Among the Neanderthals». Elsevier. Origins of Human Innovation and Creativity (em inglês). 16: 35–49
11. Zilhão, João (2013). Akazawa, Takeru; Nishiaki, Yoshihiro; Aoki, Kenichi, eds. 11. «Neandertal-Modern Human Contact in Western Eurasia: Issues of Dating, Taxonomy, and Cultural Associations». Tokyo: Springer Japan. Replacement of Neanderthals by Modern Humans Series (em inglês): 21–57. 11. ISBN 11. 978-4-431-54511-8. 11. doi:11. 10.1007/978-4-431-54511-8_3
12. ang, Melinda A.; Malaspinas, Anna-Sapfo; Durand, Eric Y.; Slatkin, Montgomery (1 de outubro de 2012). 12. «Ancient Structure in Africa Unlikely to Explain Neanderthal and Non-African Genetic Similarity». Molecular Biology and Evolution (em inglês). 29 (10): 2987–2995. 12. ISSN 12. 0737-4038. 12. doi:12. 10.1093/molbev/mss117
«Neandertais. Parentes distantes ou primos próximos? — NuPArq». www.ufrgs.br. Consultado em 8 de agosto de 2020