"Em conclusão, descobrimos que poderíamos aplicar o NOM a quase metade dos pacientes com apendicite aguda.
Fizemos isso com sucesso com um período de observação abreviado e critérios de inclusão expandidos, limitando assim as operações e reduzindo o tempo de internação tanto quanto possível."
" O tratamento não operatório de crianças com apendicite aguda não perfurada é seguro e eficiente"
"Quando questionados, a maioria dos pacientes relata uma preferência pelo tratamento cirúrgico da apendicite, embora essa preferência tenha mudado em 1 estudo após a educação ter sido fornecida nas 2 opções. Os pacientes superestimam a gravidade do diagnóstico de apendicite e o risco de perfuração ou mortalidade, o que pode estar influenciando suas preferências. Dada a evidência disponível, parece que o manejo não operatório da apendicite é uma opção de tratamento emergente e viável para pacientes pediátricos de baixo risco com apendicite não complicada sem evidência de um apendicólito. Nonoperative treatment for nonperforated appendicitis in children: a systematic review and meta-analysis
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Retirar o Apêndice pode ser Fatal: As Cirurgias que o Darwinismo influencia e que devem ser evitadas
A opinião científica tem impacto direto nas escolhas sobre procedimentos e desenvolvimentos técnicos. A aceitação de que os organismos vivos são resultado de uma trajetória totalmente acidental acaba por favorecer certas abordagens e soluções também na área médica. Neste contexto, o apêndice e mais 111 órgãos do corpo humano foram chamados de “vestigiais” e parte do DNA que não se conhecia as suas funções também foi chamado de “lixo” vestigial da evolução.
Porém pesquisas recentes revelaram que o DNA lixo era na verdade a parte controladora do DNA (metainformação), que havia funções nos 111 órgãos classificados vestigiais, que milhões de cirurgias talvez não devessem ter sido feitas. Atualmente esta mesma tendência se seguiu com a descoberta de múltiplas funções do apêndice e aumento de mortalidade e comorbidades em pacientes que sofreram apendicectomia (intervenção cirúrgica para remoção).
Revisamos estudos que apontam novas técnicas de tratamento não operatório (NOM) para apendicite, bem como grau de discernimento necessário por meio de exames para compreender até que ponto o médico poderá optar ou não pelos atraentes novos tratamentos NOM.
Devido a descoberta de muitas sequelas e aumento de mortalidade em pacientes que sofreram apendicectomia , a lendária e famosa “doença do lado” (apendicite) e suas apendicectomias de caráter preventivo, está em ampla revisão apontando um desfecho revolucionário em favor de tratamentos não operatórios (NOM). Desde a idade média (século XII), a cirurgia se apresenta como única solução, mas novos métodos baseados em prévios exames tem apontado a NOM como medida vantajosa. A razão desta mudança é que estudos recentes tem demonstrado haver inúmeros prejuízos a saúde de quem se submete a apendicectomia e principalmente por esta razão, tendo em vista as múltiplas funções que o apêndice exerce, dezenas de ensaios clínicos praticando tratamento não operatório da apendicite aguda tem sido executados com sucesso[1][2][3][4][5].
Em adultos “o tratamento com antibióticos é eficaz em mais de 70% das vezes[6] e em crianças ” os sintomas clínicos foram resolvidos na maioria das crianças após 1 dia de tratamento não operatório. Isso sugere que o tratamento não operatório é uma alternativa viável à apendicectomia em relação à recuperação clínica”[7]. Apesar desta mudança em andamento e discussão, cuidados em relação a examinar possibilidade de neoplasias malignas no apêndice, apesar de serem raros casos em crianças[8] devem ser feitos[9], o que recomenda ainda mais exames de ultrassonografia para distinguir apendite complicada das não complicadas[10]. Uma metanálise apontou em relação a apendicite aguda complicada em crianças (CAA) e analisaram a apendicite perfurada livre (APF) separadamente do abscesso apendicular (AAb) e do flegmão apendicular (AP) e comparam o manejo não-operatório (NOM) com o manejo operatório (OM) e chegou-se a conclusão que “crianças com AAb/AP relataram melhores resultados em termos de taxa de complicações e taxa de re-admissão se tratadas com NOM. Por outro lado, crianças com APF apresentaram menor taxa de complicações e taxa de re-admissão se tratadas com OM”[11].
As muitas funções que as pesquisas apontam para o apêndice no ser humano, refletem aspectos de proteção contra infecções por desequilíbrio de populações (quoron sensing) de bactérias simbióticas que ajudam na digestão, produção de vitaminas, diálogo com sistema imunológico e neurológico[12][13][14][15][16]. “O apêndice é rico em tecido linfoide e contribui para a imunidade intestinal e desempenha função importante como reserva da microbiota”[17] que se relaciona com diversas funções imunológicas[18] . Estudos comprovaram alta relação de remoção do apêndice com aumento de tuberculose[19], artrite reumatoide[20] , diabete tipo 2[21] e até ataques cardíacos[22][23] (apesar de continuarem obscuros alguns dos mecanismos). Observou-se que mesmo estando associada a um baixo risco de subsequente colite ulcerosa[24] a apendicectomia é seguida por um risco aumentado de doença de Crohn[25].
Referências
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2. Hall, Nigel J; Eaton, Simon; Abbo, Olivier; Arnaud, Alexis P; Beaudin, Marianne; Brindle, Mary; Bütter, Andreana; Davies, Dafydd; Jancelewicz, Tim (18 de maio de 2017). «Appendectomy versus non-operative treatment for acute uncomplicated appendicitis in children: study protocol for a multicentre, open-label, non-inferiority, randomised controlled trial». BMJ Paediatrics Open. 1 (1). ISSN 2399-9772. PMC 5843002. PMID 29637088. doi:10.1136/bmjpo-2017-000028
3. Andersson, Roland E.; Petzold, Max G. (1 de novembro de 2007). «Nonsurgical Treatment of Appendiceal Abscess or Phlegmon: A Systematic Review and Meta-analysis». Annals of Surgery (em inglês). 246 (5). 741 páginas. ISSN 0003-4932. doi:10.1097/SLA.0b013e31811f3f9f
4. Xu, Jane; Liu, Yingrui Cyril; Adams, Susan; Karpelowsky, Jonathan (21 de dezembro de 2016). «Acute uncomplicated appendicitis study: rationale and protocol for a multicentre, prospective randomised controlled non-inferiority study to evaluate the safety and effectiveness of non-operative management in children with acute uncomplicated appendicitis». BMJ open. 6 (12): e013299. ISSN 2044-6055. PMC 5223693. PMID 28003294. doi:10.1136/bmjopen-2016-013299
5. Haijanen, J.; Sippola, S.; Grönroos, J.; Rautio, T.; Nordström, P.; Rantanen, T.; Aarnio, M.; Ilves, I.; Hurme, S. (17 de dezembro de 2018). «Optimising the antibiotic treatment of uncomplicated acute appendicitis: a protocol for a multicentre randomised clinical trial (APPAC II trial)». BMC surgery. 18 (1). 117 páginas. ISSN 1471-2482. doi:10.1186/s12893-018-0451-y
6. Huston, Jared M.; Kao, Lillian S.; Chang, Phillip K.; Sanders, James M.; Buckman, Sara; Adams, Charles A.; Cocanour, Christine S.; Parli, Sarah E.; Grabowski, Julia (1 de julho de 2017). «Antibiotics vs. Appendectomy for Acute Uncomplicated Appendicitis in Adults: Review of the Evidence and Future Directions». Surgical Infections. 18 (5): 527–535. ISSN 1557-8674. PMID 28614043. doi:10.1089/sur.2017.073
7. Knaapen, Max; van der Lee, Johanna H.; Heij, Hugo A.; van Heurn, Ernst L. W.; Bakx, Roel; Gorter, Ramon R. (1 de fevereiro de 2019). «Clinical recovery in children with uncomplicated appendicitis undergoing non-operative treatment: secondary analysis of a prospective cohort study». European Journal of Pediatrics (em inglês). 178 (2): 235–242. ISSN 1432-1076. doi:10.1007/s00431-018-3277-9
8. Ranaweera, Chirath; Brar, Amanpreet; Somers, Gino R.; Sheikh, Furqan; Pierro, Agostino; Zani, Augusto (1 de dezembro de 2019). «Management of pediatric appendiceal carcinoid: a single institution experience from 5000 appendectomies». Pediatric Surgery International (em inglês). 35 (12): 1427–1430. ISSN 1437-9813. doi:10.1007/s00383-019-04575-1
9. Seawell, Jaimie; Sciarretta, Jason D.; Pahlkotter, Maranda; Muertos, Keely; Onayemi, Ayolola; Davis, John M. (1 de julho de 2019). «The Understated Malignancy Potential of Nonoperative Acute Appendicitis». www.ingentaconnect.com (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2019
10. Rawolle, Tanja; Reismann, Marc; Minderjahn, Maximiliane I; Bassir, Christian; Hauptmann, Kathrin; Rothe, Karin; Reismann, Josephine (29 de maio de 2019). «Sonographic differentiation of complicated from uncomplicated appendicitis». The British Journal of Radiology. 92 (1099). 20190102 páginas. ISSN 0007-1285. doi:10.1259/bjr.20190102
11. Fugazzola, Paola; Coccolini, Federico; Tomasoni, Matteo; Stella, Marcello; Ansaloni, Luca (1 de novembro de 2019). «Early appendectomy vs. conservative management in complicated acute appendicitis in children: A meta-analysis». Journal of Pediatric Surgery. 54 (11): 2234–2241. ISSN 0022-3468. doi:10.1016/j.jpedsurg.2019.01.065
12. Cryan, John F.; Dinan, Timothy G. (1 de outubro de 2012). «Mind-altering microorganisms: the impact of the gut microbiota on brain and behaviour». Nature Reviews Neuroscience (em inglês). 13 (10): 701–712. ISSN 1471-0048. doi:10.1038/nrn3346
13. Landeiro, Joana Almeida Vilão Raposo (1 de novembro de 2016). «Impacto da microbiota intestinal na saúde mental». Repositório Comum Comunidades & Colecções EM – Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior, CRL EM – Dissertações de Mestrado EM – IUEM – Instituto Universitário Egas Moniz EM – IUEM – Ciências Farmacêuticas
14. Nogueira, Bárbara Lisboa (10 de dezembro de 2015). «Probióticos para o tratamento de doenças neurológicas: uma revisão». Universidade Federal de Minas Gerais
15. Cupertino, Marli do Carmo; Resende, Michely Baptistele; Veloso, Isabela de Freitas; Carvalho, Camila Abreu de; Duarte, Vitor Ferreira; Ramos, Guilherme Alves (2019). «Transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática sobre aspectos nutricionais e eixo intestino-cérebro». ABCS health sci: 120–130
16. Veras, Rafael dos Santos Cruz; Nunes, Carlos Pereira (30 de maio de 2019). «CONEXÃO CÉREBRO-INTESTINO-MICROBIOTA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA». Revista de Medicina de Família e Saúde Mental. 1 (1). ISSN 2674-7219
17. Girard-Madoux, Mathilde J. H.; Gomez de Agüero, Mercedes; Ganal-Vonarburg, Stephanie C.; Mooser, Catherine; Belz, Gabrielle T.; Macpherson, Andrew J.; Vivier, Eric (1 de abril de 2018). «The immunological functions of the Appendix: An example of redundancy?». Seminars in Immunology. Redundancy and Robustness in Immunity. 36: 31–44. ISSN 1044-5323. doi:10.1016/j.smim.2018.02.005
18. Andreu-Ballester, Juan Carlos; Pérez-Griera, Jaime; Ballester, Ferran; Colomer-Rubio, Enrique; Ortiz-Tarín, Inmaculada; Peñarroja Otero, Carlos (2007). «Secretory immunoglobulin A (sIgA) deficiency in serum of patients with GALTectomy (appendectomy and tonsillectomy)». Clinical Immunology (Orlando, Fla.). 123 (3): 289–297. ISSN 1521-6616. PMID 17449327. doi:10.1016/j.clim.2007.02.004
19. Lai, S.-W.; Lin, C.-L.; Liao, K.-F.; Tsai, S.-M. (1 de setembro de 2014). «Increased risk of pulmonary tuberculosis among patients with appendectomy in Taiwan». European Journal of Clinical Microbiology & Infectious Diseases (em inglês). 33 (9): 1573–1577. ISSN 1435-4373. doi:10.1007/s10096-014-2112-0
20. Tzeng, Ya-Mei; Kao, Li-Ting; Kao, Senyeong; Lin, Herng-Ching; Tsai, Ming-Chieh; Lee, Cha-Ze (2015). «An Appendectomy Increases the Risk of Rheumatoid Arthritis: A Five-Year Follow-Up Study». PLOS ONE (em inglês). 10 (5): e0126816. ISSN 1932-6203. PMC 4430489. PMID 25970542. doi:10.1371/journal.pone.0126816
21. Wei, P.-L.; Tsai, M.-C.; Hung, S.-H.; Lee, H.-C.; Lin, H.-C.; Lee, C.-Z. (2015). «Risk of new-onset type II diabetes after appendicectomy». BJS (British Journal of Surgery) (em inglês). 102 (10): 1267–1271. ISSN 1365-2168. doi:10.1002/bjs.9875
22. Janszky, Imre; Mukamal, Kenneth J.; Dalman, Christina; Hammar, Niklas; Ahnve, Staffan (1 de setembro de 2011). «Childhood appendectomy, tonsillectomy, and risk for premature acute myocardial infarction—a nationwide population-based cohort study». European Heart Journal (em inglês). 32 (18): 2290–2296. ISSN 0195-668X. doi:10.1093/eurheartj/ehr137
23. Chen, Chao-Hung; Tsai, Ming-Chieh; Lin, Herng-Ching; Lee, Hsin-Chien; Lee, Cha-Ze; Chung, Shiu-Dong (1 de dezembro de 2015). «Appendectomy increased the risk of ischemic heart disease». Journal of Surgical Research. 199 (2): 435–440. ISSN 0022-4804. doi:10.1016/j.jss.2015.06.049
24. Andersson, R. E.; Olaison, G.; Tysk, C.; Ekbom, A. (15 de março de 2001). «Appendectomy and protection against ulcerative colitis». The New England Journal of Medicine. 344 (11): 808–814. ISSN 0028-4793. PMID 11248156. doi:10.1056/NEJM200103153441104
25. Andersson, Roland E.; Olaison, Gunnar; Tysk, Curt; Ekbom, Anders (2003). «Appendectomy is followed by increased risk of Crohn’s disease». Gastroenterology. 124 (1): 40–46. ISSN 0016-5085. PMID 12512028. doi:10.1053/gast.2003.50021
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Ainda que o apêndice tenham uma função, ela é residual e não essencial. Ademais, biólogos evolucionistas já disseram que sua perda de função decorreu de mudanças na dieta do homem ao longo de milênios, o que veio a torná-lo “secundário”.
quando a pessoa se atualiza cientificamente vai perceber a importancia gigantesca do microbioma e por tabela, do apêndice…boa pesquisa garoto
“biólogos evolucionistas já disseram que sua perda de função decorreu de mudanças na dieta do homem ao longo de milênios, o que veio a torná-lo “secundário”.”
Se assumirmos que o homem era mais vegano , ele então precisaria de mais tipos de bactérias para metabolizar maior variedade de vegetais. Se o planeta antigo fornecia maior variedade de vegetais, idem.
De qualquer forma se assumirmos que hoje o homem come mais carne que vegetais, então continuamos a precisar muito da microbiota. Tanto que precisamos repor toda vez que tomamos antibiótico, caso contrário teremos muitas diarreias.
Por isso a atualização cientifica sobre a importância da microbiota, e porque a OMS (WHO) decretou o microbioma como o mais novo órgão do corpo humano, então entenderemos, quanto mais nos conscientizarmos, que o que os biólogos evolucionistas declararam é apenas uma grande perniciosa e nociva bobagem .
“Em conclusão, descobrimos que poderíamos aplicar o NOM a quase metade dos pacientes com apendicite aguda.
Fizemos isso com sucesso com um período de observação abreviado e critérios de inclusão expandidos, limitando assim as operações e reduzindo o tempo de internação tanto quanto possível.”
Limiting operations for acute appendicitis in children: lessons learned from the U.S. epicenter of the COVID-19 pandemic (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7309720/)
” O tratamento não operatório de crianças com apendicite aguda não perfurada é seguro e eficiente”
Nonoperative treatment for nonperforated appendicitis in children: a systematic review and meta-analysis (https://link.springer.com/article/10.1007/s00383-019-04610-1)
(https://link.springer.com/article/10.1007/s00383-019-04610-1)
“Quando questionados, a maioria dos pacientes relata uma preferência pelo tratamento cirúrgico da apendicite, embora essa preferência tenha mudado em 1 estudo após a educação ter sido fornecida nas 2 opções. Os pacientes superestimam a gravidade do diagnóstico de apendicite e o risco de perfuração ou mortalidade, o que pode estar influenciando suas preferências. Dada a evidência disponível, parece que o manejo não operatório da apendicite é uma opção de tratamento emergente e viável para pacientes pediátricos de baixo risco com apendicite não complicada sem evidência de um apendicólito. Nonoperative treatment for nonperforated appendicitis in children: a systematic review and meta-analysis (https://link.springer.com/article/10.1007/s00383-019-04610-1)